domingo, 16 de setembro de 2012

POLÍCIA MILITAR E A SOCIEDADE

Polícia Militar e Sociedade Meus amigos o Policial é pai, filho, irmão é um ser humano igual a todos nós. Ele não é um super-homem. Ele é simplesmente um ser humano. No momento que uma pessoa resolve ser militar, neste momento, está fazendo uma escolha de vida. É uma profissão que requer, primeiramente, a capacidade de renunciar a tudo, inclusive, a sua própria vida em defesa de uma sociedade mais justa, em prol do social e bem coletivo. Se a policia acerta, raramente recebem os aplausos da sociedade. No entanto, se erram, são execrados publicamente. E, muitas vezes, por falta de clareza na ação efetuada no momento do fato. Ser policial é abraçar uma das mais difíceis profissões do mundo, tendo vista os procedimentos de alto risco e as inesperadas situações emergenciais - que exigem do policial um desempenho rápido - correto, preciso, fundamentado na lei e em absoluto bom senso. Errar, ainda que possível, não se é admissível. A sociedade exige que este ser policial, vindo da mesma sociedade falível, mantenha-se perfeito em suas ações como se viesse de outro mundo. E porque não se pode errar? Porque representa para o ser policial a fuga do juramento feito e de pilares que norteiam um bom policial: a defesa da lei, dos direitos humanos e da devoção à profissão mesmo com o risco da própria vida! Ser policial, portanto, é estar diante de situações antagônicas e ao mesmo tempo complementares: é o enfrentamento da violência em defesa do cidadão. É a abordagem ao indivíduo suspeito com o fim de prevenir novos delitos. É a satisfação de prender quem acabou de cometer um crime. Meus amigos, eu não estou aqui para defender ninguém e nem justificar um policial. O que não podemos dizer é que a Polícia Militar de Erechim está despreparada. Execrar é fácil. Eu, inclusive, tive a oportunidade de conversar com policiais que já de depararam com situações semelhantes. A primeira intenção de um policial é de conter o indivíduo que se encontra fora de sã consciência, seja por meio do diálogo, seja através da imobilização. Neste caso, o recurso utilizado foi uma arma Taser – que dispara dardos e em seguida profere choque elétrico – no entanto, o indivíduo não se conteve mesmo recebendo a carga elétrica e disparou com arma de fogo contra o policial que, primeiramente, tentava imobilizá-lo. Assim, de acordo com os procedimentos e normas policiais, a ação tem de ser com arma de fogo. O agressor estava fora de si. Foi utilizada a última ação de acordo com a situação. Os senhores sabem o tempo que levará este processo onde fatidicamente este cidadão perdeu a vida. No mínimo uns cinco anos para ir a júri. Antes de tudo isto terá uma perícia, investigação, oitiva de testemunhas, após o inquérito pronto irá para o judiciário, será ouvido o Ministério Público (MP), após essas etapas, o magistrado. Juiz, MP e advogados terão prazos e, muitas vezes, novos levantamentos para apurar se houve algo errado durante as investigações. O porquê deste tempo? Para o Judiciário não errar. Agora, a segunda pergunta quanto tempo teve este soldado para tomar uma decisão de tiro? É comprovado que uma decisão de tiro tem em médio de três a cinco segundos. Não julgue antes da hora pela emoção. O Soldado teve frações de segundos para tomar uma decisão que o judiciário levará em média uns três anos. Uma perda de uma vida é irreparável. Todos sofrem inclusive o soldado que também é filho. Pensem nisto.

Nenhum comentário: