domingo, 16 de setembro de 2012
CORRUPÇÃO INICIA DENTRO DE NOSSAS CASAS
A Corrupção está em todos os lugares, inclusive dentro das nossas casas.
No Brasil, é comum ver as pessoas atribuírem o problema da corrupção à “má índole do povo brasileiro” ou até mesmo à famosa “lei de Gerson”, segundo a qual se deve sempre “levar vantagem em tudo”. Li O estudo "Corrupção na Política: Eleitor Vítima ou Cúmplice", apresentado pelo Ibope em março deste ano, fez descobertas interessantes em relação a isso. A pesquisa, que ouviu mais de 2 mil eleitores em diversas regiões do país, mostrou que dois terços dos entrevistados já cometeram ou cometeriam atos ilícitos, como comprar produtos piratas ou subornar um guarda para livrar-se de uma multa. Outro dado alarmante: a maioria das pessoas disse aceitar que seus representantes cometam algum tipo de irregularidade, como contratar familiares e transformar viagens de negócio em lazer.
É a confirmação do discurso “Se eles podem, eu também posso”.
Um ato de corrupção, além de envolver dois sujeitos — o corrupto e o corruptor —, é favorecido por diversos outros fatores. Afinal, o que facilita a situação para aquele que tem interesse em roubar o dinheiro público?
A pesquisa apontou conflitos. Veja algumas opiniões são conflitantes, mas em um ponto todos concordam: a receita da corrupção no Brasil tem como ingrediente básico um Estado mal estruturado, emperrado pelo excesso de burocracia, cheio de falhas de gestão e brechas legais, que favorecem a prática do “favorzinho”, do “jeitinho”. Saiba mais sobre essa e outras questões a seguir.
Onde “começa” a corrupção
A corrupção se transformou em algo tão comum em nosso país nos últimos 20 anos. O fenômeno da globalização induziu a uma profissionalização não apenas de empresas e governos, mas também das atividades criminosas. Os esquemas se tornaram mais eficientes, enxutos e difíceis de serem descobertos. “Basta ver as complexas tramas identificadas em escândalos como o do mensalão, e em organizações como o PCC”.
Entraram-se na corrupção política. Aqui é o início de toda a corrupção. Temos Corrupção Política que esta ligada diretamente ao clientelismo que é a pratica do favorecimento dos políticos em troca de apoio para suas campanhas Funciona mais ou menos assim: eu sou um candidato e preciso de apoio para me eleger. Se você um empresário ou um político e me oferece apoio (que pode ser em dinheiro, influência sobre forças políticas importantes, etc.), mas faz várias exigências em troca, como, por exemplo, a reserva de “x” cargos em meu gabinete para pessoas de sua confiança.
Eu também posso ser clientelista lutando pela aprovação de leis que ajudem seu negócio a prosperar, em detrimento de leis que possam realmente ajudar a população. Não tem nada demais, não acha? Ou tem? “Estas são as duas características mais fortes do clientelismo: o nepotismo legitimado e o oligarquismo” têm que ficar alerta. Nesse joguinho de favores, aqueles que foram eleitos para serem nossos representantes acabam entregando de bandeja o poder a pessoas e grupos econômicos que não estão nem aí para a população. Outro exemplo de clientelismo é a edição de licitações viciadas, ou seja, que apresentam critérios que só uma empresa pode cumprir o que já definiria o resultado antes mesmo do seu lançamento. E não apenas a classe política se compromete nesse caso. Aos poucos, as peças da máquina pública vão enferrujando, contaminando funcionários públicos de diversos setores e escalões, prestadores de serviço, enfim, comprometendo o funcionamento do Estado de forma geral.
Pois é, na atual conjuntura, compram-se e alugam-se cargos, contratos de prestação de serviços, leis e até partidos. É o caso das “legendas de aluguel”.
Nas campanhas eleitorais, onde está a sujeira: Caixa 2, empresas com caixa 2. É só dar uma olhada nas superproduções de alguns partidos que são dignas de Spielberg.
Vilão invisível
Segundo o Economista Stephen Kanitz: “O atual número de fiscais e auditores no Brasil é um dos fatores que, além de contribuir para o crescimento dessa bola de neve, dificultam o combate a ele. Em um artigo publicado recentemente em seu portal, Kanitz afirma que esse número é insuficiente para controlar o volume de transações comerciais realizadas diariamente no país. Segundo ele, na Holanda e na Dinamarca, existem 100 auditores para cada 100 mil habitantes, enquanto aqui a proporção é de 8 por 100 mil.
“Há setores em que sobram fiscais e mesmo assim há casos de corrupção”. Ele acredita que o que realmente pode fazer a diferença em relação à fiscalização é a informatização de processos como os de arrecadação tributária. Da mesma forma, não adiantaria contratar mais e mais auditores e inseri-los em um sistema que já se encontra apodrecido. “O ideal é que tivéssemos auditoria independente,”.
Não faltam propostas de medidas que podem contribuir para reduzir a ação de corruptos, como a diminuição dos cargos públicos comissionados (e a agilização do processo de contratações por concurso), uma reforma aprofundada da legislação sobre financiamento de campanhas, além de uma ação integrada entre forças policiais, judiciais, instituições reguladoras e fiscalizadoras, como Banco Central, Receita Federal e Receitas Estaduais.
Corrupção na polícia
Todo mundo sabe que a polícia brasileira nem sempre desempenha adequadamente sua função de proteger o cidadão. Aliás, de uns tempos para cá, só se fala de policial envolvido em crimes. A situação é tão grave que, em algumas comunidades, as pessoas confiam mais nos bandidos que na força policial.
É disso que trata o filme Tropa de elite, lançado por José Padilha. A película mostra a guerra entre o Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) e os traficantes que dominam as favelas cariocas. A história é sobre as dificuldades enfrentadas por dois policiais novatos e bem-intencionados que fazem parte de um grupo consumido pelo estresse do dia-a-dia do trabalho policial, pelo descaso à vida do outro e pelo envolvimento de vários de seus membros em crimes que deveriam combater.
É preciso lembrar que há dois tipos de corrupção policial: um deles é a prática do suborno, feita por muita gente, que dá um "presentinho" ao policial quando comete uma infração de trânsito ou algo parecido. O outro modo de corromper é realizado quando alguém paga para puder continuar cometendo um crime, como nos casos em que os policiais recebem dinheiro para acobertar ou mesmo participar de esquemas envolvendo jogo ilegal, pirataria, tráfico de drogas, entre outros. O primeiro tipo é muito ruim. Mas o segundo é terrível. Ambos vêm de muito tempo, e o triste é que as pessoas se acostumaram a isso. Tudo serve como desculpa para a prática da corrupção, inclusive o baixo salário dos policiais.
A corrupção no interior dos órgãos policiais pode ser de dois tipos: o primeiro, a corrupção administrativa, referida àquelas condutas no nível da gestão de recursos humanos e materiais no interior da instituição e que são semelhantes àquelas presentes em outros órgãos públicos (pagamento de comissões por contratos internos desvia de fundos, pagamento por promoções ou traslados, entre outras); o segundo tipo refere a uma corrupção produto das relações com o meio externo à instituição, isto é, apresenta-se “para fora” da instituição, no contato cotidiano dos policiais com cidadãos e criminosos. Essa é a corrupção operacional (aceitar, pedir dinheiro para não proceder a uma multa ou uma detenção, extravio ou produção intencional de evidência, proteção de criminosos, como exemplos). Será essa última o foco de nosso interesse, já que, por um lado, apresentam-se unicamente nos funcionários policiais e não em funcionários públicos em geral; por outro lado, é essa aquela que gera maior impacto na cidadania, diminuindo a confiança na polícia e aumentando a percepção de insegurança que traz junto com ela.
A corrupção operacional (Abuso de Autoridade) reduz a eficiência policial, pois diminui o interesse do funcionário policial em cumprir com a missão institucional.
Se oficiais de polícia roubam bens da cena de um crime à qual têm sido chamados para investigar, são corruptos. Se roubarem sua família, seus amigos, ou em uma loja ou casas, sem estar protegidos por sua autoridade de policiais, são meros ladrões.
Em segundo lugar, não todo ato de corrupção é necessariamente um ato ilegal. Assim, o fato de um policial aceitar um café ou outro bem ou serviço pelo qual normalmente deveria pagar (gratuidade), não constitui um fato ilícito, mas bem poderia ser considerado um ato de corrupção se essa "gratuidade" gera algum tipo de compromisso com seu provedor.
Qual a diferença entre subornos e gratuidades: “suborno tem uma magnitude significativa e, geralmente, proporcional ao serviço ou favor requerido e sua motivação é corromper a autoridade; as “gratuidades”, ao contrário, tendem a ser mais simbólicas e nada pode implicar, ao menos inicialmente, que uma “gratuidade” entregue a um oficial de polícia tenha a intenção de ter alguma influência sobre sua atuação como policial.
Então, a noção da ilegalidade do ato não é suficiente, posto que a corrupção policial se constitua como um problema ético precisamente devido, como já foi colocado, à missão institucional que a polícia é chamada a cumprir.
Tipos de corrupção
Levanta a distinção entre corrupção permanente e corrupção circunstancial. Sendo a primeira àquela referida a estados de corrupção permanentes, pois os policias obtêm um benefício de atividades ilícitas que estão, ou deveriam estar, submetidas à sua fiscalização. A corrupção circunstancial, por sua vez, corresponde a atos isolados de corrupção aproveitados pelo policial para obter algum benefício.
Afinal, como é possível combater a corrupção no meio policial? Há formas de controle externo, como nas ouvidorias, por exemplo. O que mais tem funcionado é o controle interno, exercido pelos próprios policiais. "É preciso quebrar as cadeias de solidariedade que existem entre o bom e o mau policial. Percebo que isso está começando a acontecer. Hoje, o bom policial se preocupa muito mais com a boa imagem da corporação do que com o medo de denunciar o colega. Só como ilustração o Tropa de Elite 1 vazou na pirataria e tiveram ironicamente, as primeiras investigações indicaram que o principal intermediário no vazamento do filme foi um PM.
Corrupção está em todos os lugares.
Veja as prefeituras e as câmaras dos vereadores “Em boa parte delas, os vereadores são cooptados pelo prefeito, quando deveriam agir para controlá-lo. As próprias prefeituras não têm controle interno, deixam suas contas a cargo de empresas de contabilidade. E, quanto aos tais conselhos de educação, saúde, etc., auditorias fiscais feitas pela Controladoria Geral da União atestam que, em 90% dos casos, eles não funcionam. Os tribunais de contas estaduais também são, em muitos lugares, uma brincadeira. Fazem apenas uma auditoria formal, ‘emitem documentos’ e ponto.”.
POLÍCIA MILITAR E A SOCIEDADE
Polícia Militar e Sociedade
Meus amigos o Policial é pai, filho, irmão é um ser humano igual a todos nós. Ele não é um super-homem. Ele é simplesmente um ser humano.
No momento que uma pessoa resolve ser militar, neste momento, está fazendo uma escolha de vida. É uma profissão que requer, primeiramente, a capacidade de renunciar a tudo, inclusive, a sua própria vida em defesa de uma sociedade mais justa, em prol do social e bem coletivo.
Se a policia acerta, raramente recebem os aplausos da sociedade. No entanto, se erram, são execrados publicamente. E, muitas vezes, por falta de clareza na ação efetuada no momento do fato. Ser policial é abraçar uma das mais difíceis profissões do mundo, tendo vista os procedimentos de alto risco e as inesperadas situações emergenciais - que exigem do policial um desempenho rápido - correto, preciso, fundamentado na lei e em absoluto bom senso.
Errar, ainda que possível, não se é admissível. A sociedade exige que este ser policial, vindo da mesma sociedade falível, mantenha-se perfeito em suas ações como se viesse de outro mundo. E porque não se pode errar? Porque representa para o ser policial a fuga do juramento feito e de pilares que norteiam um bom policial: a defesa da lei, dos direitos humanos e da devoção à profissão mesmo com o risco da própria vida!
Ser policial, portanto, é estar diante de situações antagônicas e ao mesmo tempo complementares: é o enfrentamento da violência em defesa do cidadão. É a abordagem ao indivíduo suspeito com o fim de prevenir novos delitos. É a satisfação de prender quem acabou de cometer um crime.
Meus amigos, eu não estou aqui para defender ninguém e nem justificar um policial. O que não podemos dizer é que a Polícia Militar de Erechim está despreparada. Execrar é fácil. Eu, inclusive, tive a oportunidade de conversar com policiais que já de depararam com situações semelhantes. A primeira intenção de um policial é de conter o indivíduo que se encontra fora de sã consciência, seja por meio do diálogo, seja através da imobilização. Neste caso, o recurso utilizado foi uma arma Taser – que dispara dardos e em seguida profere choque elétrico – no entanto, o indivíduo não se conteve mesmo recebendo a carga elétrica e disparou com arma de fogo contra o policial que, primeiramente, tentava imobilizá-lo. Assim, de acordo com os procedimentos e normas policiais, a ação tem de ser com arma de fogo. O agressor estava fora de si. Foi utilizada a última ação de acordo com a situação.
Os senhores sabem o tempo que levará este processo onde fatidicamente este cidadão perdeu a vida. No mínimo uns cinco anos para ir a júri. Antes de tudo isto terá uma perícia, investigação, oitiva de testemunhas, após o inquérito pronto irá para o judiciário, será ouvido o Ministério Público (MP), após essas etapas, o magistrado. Juiz, MP e advogados terão prazos e, muitas vezes, novos levantamentos para apurar se houve algo errado durante as investigações. O porquê deste tempo? Para o Judiciário não errar.
Agora, a segunda pergunta quanto tempo teve este soldado para tomar uma decisão de tiro? É comprovado que uma decisão de tiro tem em médio de três a cinco segundos. Não julgue antes da hora pela emoção. O Soldado teve frações de segundos para tomar uma decisão que o judiciário levará em média uns três anos. Uma perda de uma vida é irreparável. Todos sofrem inclusive o soldado que também é filho. Pensem nisto.
BANALIZAÇÃO DA VIOLENCIA
A violência cada vez maior em nosso Estado. O índice é alarmante. Inversamente proporcional ao policiamento. Uma notícia ratifica sempre o que digo. Para cada policial no Brasil temos 5 da iniciativa privada. A privatização na segurança é algo alarmante. Há muito tempo escrevi aqui mesmo no face book que a nossa Brigada Militar era a maior escola das firmas privadas, isto é formava os policiais para as grandes empresas que pagam muito melhor. Veja bem o Brasil só perde para a Guatemala na privatização da segurança. Eu disse Guatemala. Acho que todos viram o vídeo de um idoso sendo assaltado e após atropelado. Algo que choca. Tudo bem como disse uma pessoa ouvida pela Rádio Gaúcha. A banalização já é notória. Escuto o um militar dizer: “Bem ali temos um posto de atendimento da BM (Um PA)”. Isto é o serviço da inteligência da BM mapear as áreas de maior violência de nosso RS. Neste caso o serviço de inteligência funcionaria melhor do que o ostensivo – funcionaria com sincronismo. Tudo bem quem sou eu para ensinar a cartilha aos doutos oficiais da BM. Este fim-de-semana tomou posse na Policia Civil mais 700 policiais para suprir uma defasagem enorme no contingente. E quantos se aposentaram na Policia Civil e na Brigada Militar. E estes logos passarão em outros concursos. E uma turma nova na BM que estão sendo treinados para logo estarem na rua ou na iniciativa privada. Escuto o ilustre Secretário de Segurança Airton Michel pessoa pela qual tenho grande admiração e apreço desde os tempos que o mesmo ainda advogava falar sobre os acontecimentos da violência na nossa Porto Alegre. Concordo em alguns itens com o Secretário e discordo em muitos outros. Segurança e politica deveriam ser tratadas apartadas. Territórios da Paz para mim teoria do lençol curto, pois criou Forças Tarefa deixando muitos municípios do interior desfalcadas de seus policiais que gerou os assaltos a caixas de bancos (aqui acho que também as responsabilidades são dos bancos com suas seguranças privadas). As grandes criminalidades nas vilas são entre os traficantes. Porque policiais nos territórios de paz? Aqui a Brigada entra gerenciadora? Muitos falam que estes Territórios de Paz são para maquiar os índices (não acredito). Minha indagação. Esta na hora de uma grande coalização entre município e Estado. A Guarda Municipal mais efetiva nas Praças de Jardins, pois esta é a função dela. Estamos vivendo um caos na segurança pública onde falta tudo desde policial, logística, inteligência e algo mais. A única coisa que escuto é que a segurança foi reforçada contrariando a matemática e que o crime está controlado contrariando as matérias do jornais da capital que cada dia que abro vê pessoas sendo mortas, bandidos se digladiando, coisa boa quando se matam entre si. Será que está tudo sobre controle ou é a Teoria da Banalização. E como diz o Boris isto é uma vergonhaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Bom dia a todos e sorte para não serem a
LEVANTAMENTO SOBRE SEGURANÇA DOS CONDOMINIOS
LEVANTAMENTO SOBRE SEGURANÇA DOS CONDOMINIOS
“A segurança pública é um dever do Estado”, mas já que "a polícia não é onipresente" é essencial "a participação da comunidade para que as polícias, Civil e Militar, obtenham êxito".
Há duas razões para que um crime aconteça: vontade e oportunidade. “Quanto à vontade não podemos fazer nada; quanto à oportunidade podemos tomar medidas preventivas de segurança para colaborar com o sistema de segurança pública”.
Durante duas semanas fiz os levantamentos aos condomínios das ruas Fernando Machado, Demétrio Ribeiro e Duque de Caxias fazendo visitas na qualidade de vendedor. Os fatos são alarmantes no que tange a segurança dos condomínios e portarias – via somente pessoas despreparadas que ao leve toque na porta elas são franqueadas. Em muitos pedi o telefone do sindico que foi repassado sem qualquer argumento de minha de parte. Em outros edifícios encontrei o quadro na parede com os nomes dos moradores. Fiz pergunta se o senhor “X” ainda morava no prédio dizendo que era um grande amigo meu. E prontamente me passaram o telefone do mesmo. E como diz na gíria a porta foi aberto o assalto já está em andamento. Em outros onde não tinha serviço de portaria ou segurança encontrei maiores dificuldades de penetrar no prédio.
É triste a nossa segurança privada. Pessoas sem qualquer qualificação para área são jogadas para cuidar de portaria e segurança. Em uns edifícios pessoas velhos aposentados e totalmente desqualificados.
Chego somente a uma conclusão:
Noventa (90%) dos assaltos a condomínio acontece por pura culpa da segurança pessoal – pois a maioria é mal preparada e sem qualquer conhecimento de causa, Pessoas sem qualquer qualificação na área que são jogados a sorte. E os dez (10%) são da administração do condomínio que contribuem com a criminalidade.
A maioria das firmas de segurança (pseudos seguranças) não está preparada para o ramo. Seu intuito é vender segurança e aparelhos de segurança. Após estas visitas ficou evidenciado que não adianta nada câmaras de segurança, alarmes e etc. se não tivermos material humano qualificado para esta árdua tarefa.
A mídia noticiou, infelizmente, o início de uma nova modalidade no contexto da violência urbana: a invasão de condomínios verticais e horizontais. Um edifício no Morumbi, outro no bairro dos Jardins, um condomínio de casas em Cotia, (Grande São Paulo) e outras situações semelhantes no estado do Rio de Janeiro foram alvo, recentemente, da ação de marginais.
Há alguns anos, houve uma modalidade de furtos “por atacado” em prédios, onde um ou dois marginais entravam nas garagens dos edifícios, aproveitando uma brecha do sistema de segurança na área de acesso (por exemplo, um vácuo na entrada de um veículo de um condômino, devido à falta de uma comporta eclusa Inter travada, onde um portão só é aberto se o outro estiver fechado, ou um portão de movimentação muito lenta, o que permite uma pessoa passar durante a operação de fechamento deste). O objetivo destes criminosos era o furto de toca-fitas e outros objetos (CDs, óculos, objetos pessoais, etc.), devido à facilidade provocada por incautos moradores que deixavam o seu veículo com as janelas abertas e, às vezes, com a chave no contato. Iam completando sua cota até que o veículo de um proprietário mais consciente da importância de sua participação no sistema de segurança tivesse o seu alarme acionado, chamando a atenção do porteiro ou da segurança do prédio e a polícia fosse acionada. Alguns marginais fugiam com parte da rés furtiva, outros a abandonavam e fugiam, e outros eram presos, após uma busca minuciosa, pelas dependências comuns do prédio (garagens, salão de festas, escadas, elevadores, halls de serviço e social, depósito de materiais de limpeza, salão de jogos, casa de máquinas do elevador, casa de máquinas da piscina, etc.).
Em determinadas ocorrências, o furto só era percebido quando o primeiro condômino fosse retirar seu veículo da garagem e verificava a falta de seus objetos.
Neste tipo de ação, às vezes, eram atingidos 10 a 15 veículos e o(s) autor(es) saíam da mesma forma que entravam: aproveitando-se da vulnerabilidade, já mencionada anteriormente.
Os criminosos já não se contentam em atacar só as áreas da garagem, mas invadem cada unidade do condomínio. Utilizam subterfúgios como alegar um problema na caldeira ou um princípio de incêndio no sistema de ar condicionado central (prédios de alto padrão); aproveitam-se, ainda, de uma situação rotineira, de modo que um empregado doméstico (empregada, cozinheira, babá, passadeira, etc.) ou até mesmo uma criança, ao ouvir a campainha tocar, simplesmente, por imaginar que está totalmente segura, abra a porta sem checar anteriormente quem está tocando a campainha e qual o motivo de sua visita não ter sido anunciada.
A maior parte das pessoas, hoje em dia, não utiliza mais aquele sistema antigo de uma corrente na porta, para evitar sua total abertura, no caso de dúvida. Mas lembramos de que, de nada adianta uma corrente de boa qualidade fixada em um frágil batente de porta, pois apenas um “jogo de corpo”, ou mesmo um pontapé pode o desprender de sua base. Outra situação que também deve ser lembrada, é que a distância entre a porta e o batente proporcionada pela corrente é suficiente para que um marginal lhe aponte uma arma, obrigando-o a abri-la.
Como evitar sinistros? - A definição de condomínio é domínio de todos, por isso é de suma importância à participação de todos. Quando uma pessoa autoriza a entrada de alguém sem ter certeza de quem se trata, está colocando em risco o patrimônio de todos os condôminos e não apenas o seu. Assim, o condômino não deve abrir sua porta para nenhuma pessoa, mesmo se estiver esperando alguém subir, sem olhar pelo olho mágico; caso não o tenha, o auxílio do zelador deve ser solicitado, pois pode haver uma coincidência de este condômino estar esperando alguém chegar e um bandido tocar sua campainha.
Existem disponíveis no mercado olhos mágicos muito eficientes vídeos-porteiro com interfone, travas de aço montado em batentes de aço (para não permitir sua abertura com um chute) e portas blindadas. Os locais noticiados dispunham de equipamentos e efetivo de segurança (cada um com seu dimensionamento e atuação). Entretanto, concluímos que os respectivos planejamentos e sistemas não estavam operando integradamente, pois o marginal sempre atacava o ponto mais frágil do sistema. Lembremo-nos da definição de segurança empresarial: “Função que visa à proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros, tangíveis e/ou intangíveis, de uma instituição, através da eliminação, redução ou financiamento dos riscos, conforme seja economicamente mais viável.”
O sistema de segurança de cada empreendimento deve ser concebido após a realização de um planejamento em segurança, respeitando-se todas as fases deste processo:
• Levantamento e análise de riscos;
• Planejamento tático do sistema integrado (recursos humanos tecnológicos e organizacionais trabalhando de forma uníssona);
• Planejamento técnico – irá fornecer toda a especificação técnica, forma de implantação, garantia e manutenção preventiva e/ou corretiva dos sistemas;
• Planejamento Operacional – fornecerá o detalhamento de quem e como as coisas irão acontecer;
• Planejamento de endormarketing do sistema – como todos os colaboradores (condôminos, funcionários do condomínio, prestadores de serviços, empregados domésticos, etc.) do empreendimento irão ser apresentados ao sistema e qual a sua parcela de contribuição (lembre se: (a segurança é responsabilidade de todos);
• Plano de auditoria e controle - trabalho que fará a comparação com os padrões estabelecidos e as operações desenvolvidas, adotará medidas corretivas, se for o caso ou serão estabelecidos novos parâmetros comparativos e será possível dimensionar se o sistema planejado e implantado está atingindo a meta e expectativa proposta. Devemos lembrar que este sistema é complexo e multivariado, pois condôminos mudam, há rotatividade de empregados, novos pontos de comércio são estabelecidos e outros fechados, etc., sendo que tudo isso deve ser contemplado no planejamento;
• Elaboração das normas e procedimentos – descrição e perfil do cargo de cada função do sistema, bem como suas peculiaridades e modos de ação;
• Plano de contingência – definição das situações críticas, de modo que os colaboradores durante a concretização do risco. Possuam um roteiro de ações que devem ser implementadas, tendo em vista que toda situação crítica gera uma urgência e não se pode depender da memória, pois todos são passíveis de erro. Daí a necessidade de um protocolo ou check-list, que irá auxiliar a equipe de atendimento a emergências em seu trabalho, para que todas as ações prioritárias sejam acionadas ou iniciadas.
Aqui senhores Síndicos os cuidados que deverão ter com seus funcionários e o treinamentos a cada 15 dias. Em que o próprio sindico pode administrar e cobrar.
Porteiros e vigilantes
As medidas de segurança a serem adotadas por porteiros e vigilantes visam impedir a oportunidade do crime. Porteiros e vigilantes devem:
• Conhecer todos os moradores;
• Evitar contato direto com desconhecidos e visitantes;
• Não dormir ou distrair-se durante o expediente;
• Expressamente proibido ver televisão no posto;
• Não transmitir informações sobre os moradores do condomínio a quem quer que seja;
• Utilizar corretamente os meios de segurança existentes;
• Conhecer localização do telefone público mais próximo para emergências;
• Celular de cartão fornecido pelo condomínio somente para emergência;
• (O ingresso de prestadores de serviço deve ser permitido em horários pré-determinados (agendamento prévio) e mediante identificação documento e crachá, cujos dados deverão ser anotados) - Das firmas que prestam manutenção que deveram entrar em contato com o sindico informando os nomes dos funcionários que farão a manutenção;
• Só permitir o acesso de prestadores de serviço às dependências do condomínio devidamente acompanhadas
• Ao atender estranhos (visitantes, entregadores de encomendas ou prestadores de serviço) manter os portões fechados e as pessoas do lado de fora. O portão somente deve ser aberto após a identificação do visitante e da autorização por parte do morador. Se há quaisquer dúvidas quanto à identidade do visitante, o morador deve descer à portaria para identificá-lo.
• Vedar a entrada de entregadores de jornal, pizza, farmácia e outros fora do prédio – morador recebe as mercadorias na portaria;
• Carteiro é sempre o mesmo. Quando tiver carteiro diferente deverá ser identificado, isto também com os funcionários da CEE, NET e outras prestadoras de serviço;
• Na dúvida ligue para as prestadoras de serviço e perguntem os nomes dos funcionários que estão na missão;
• Porteiro e vigilantes não saírem para frente do edifício para fumarem;
• Manter as portas de depósito de lixo fechadas fora dos horários de coleta
• Não ficar na calçada com as chaves da portaria no bolso (ex: ao lavar a calçada)
• A portaria antes de abrir a porta para o morador deve verificar se não tem alguém junto ou tentando assaltar ou entrando junto;
• Ao notar algo errado não abrir a porta principal;
• Na dúvida nunca abra as portas.
Reuniões periódicas com os moradores onde serão repassados normas de segurança interna e externas – Palestras que poderão ser ministradas aos condomínios por pessoal qualificado na área de segurança (Elementos nossos).
Condôminos e moradores
• Não entregar as chaves do apartamento ou dos veículos aos funcionários do prédio;
• Obter informação de antecedentes de empregados domésticos bem como o endereço atual, e informá-los ao síndico;
• Não permanecer em horários impróprios do lado de fora da portaria;
• Manter sempre a porta do apartamento fechado;
• Manter veículos fechados, com alarme acionado;
• Informar ao zelador sobre grandes períodos de afastamento (férias, por exemplo) e proibir acesso de estranhos durante o período;
• Elogiar o funcionário quando pratica uma atitude correta. A repreensão do funcionário quando age segundo as normas de segurança do prédio incentiva que ele dê uma esmorecida nas regas de segurança
Zelador e Síndico
• Manter atualizado endereços de empregados
• Instalar equipamentos básicos de segurança
• Manter em condições manter em condições os equipamentos de segurança
• Estabelecer códigos com vizinhos e funcionários para denunciar ação de marginais
• Estabelecer procedimentos de acesso para visitantes e representantes de empresas prestadoras de serviço
• Entregadores não devem subir aos apartamentos. Esta é deselegante e impopular, uma medida de segurança. Quando pensamos em segurança, temos de pensar no que é certo e no que é errado
• Fiscalizar as garagens periodicamente e estabelecer crachás de acesso
Equipamentos e técnicas de segurança
A melhoria da segurança condominial requer coletar dados do que precisa melhorar realizar um estudo da situação, formular alternativas e selecionar um plano a adotar. Há alguns itens que podem ser citados:
• O porteiro tem de visualizar -e ficar atento a- todas as entradas. Caso haja qualquer obstrução da visualização devem instalar-se equipamentos (ex: câmeras) para substituir a visibilidade direta
• Jardins e áreas verdes devem ser sempre visíveis
• As portarias e guaridas devem estar devidamente protegidas
• Instalar espelhos retrovisores nas garagens
• Reforçar portões e grades
• Instalar fechaduras e chaves de boa qualidade
• Instalar circuito interno (câmeras)
• Eventualmente, contratar patrulhamento ostensivo ou até cães de guarda
• Verificar a iluminação das áreas externas do condomínio
• Verificar / construir muros ou cercas
• Instalar porteiro eletrônico ou interfone
• Alarmes e sensores de presença devem ser testados periodicamente
• Instalar relógio de vigia quando o porteiro faz ronda
• Automatizar portas e portões
• Fomentar a utilização de equipamento de comunicação (radio HT e telefones)
• Instalar caixas com portinholas para recepção de encomendas
• Nada, entretanto, substitui a atenção dos funcionários do condomínio
Ao ligar para o 190
"Os policiais que atendem o 190 são qualificados para um atendimento imediato", essencial passar a maior quantidade de informações para que a viatura que vai atender a ocorrência tenha as melhores condições possíveis de efetuar um atendimento correto
• Procure manter a calma;
• Seja claro e preciso nas informações;
• Responda às perguntas do atendente de maneira clara e objetiva;
• Ao se referir ao local da ocorrência, forneça o endereço completo, com o do local, além de um ponto de referência de fácil localização e visualização (uma loja conhecida, locadora, praça, avenida, etc.);
• Forneça característica e peculiaridades das pessoas envolvidas (sinais, cicatrizes, cor de roupa, etc.), tanto vítima quanto criminosos. No caso de ocorrência criminal, identifique se possível, se os criminosos estão armados;
• Caso lembre posteriormente de informações adicionais (placa do carro envolvido na ocorrência, por exemplo) ligue novamente para o 190; os policiais são orientados em tempo real.
Carlos Alberto Portolan
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